Tarifaço de Trump: ameaça ou oportunidade para quem importa e exporta?
- Sheyla Pereira
- 10 de abr.
- 2 min de leitura

O novo tarifaço americano reacende tensões comerciais e coloca em xeque o modelo atual de globalização. Para quem atua no comércio internacional, o alerta está dado! Mas, ao mesmo tempo, abre-se uma janela de crescimento.
Setores estratégicos foram atingidos, e os efeitos já chegam ao Brasil — principalmente para quem exporta aço e alumínio. Mas o impacto vai além. Estamos diante de um possível redesenho das cadeias globais, com consequências diretas sobre preços, rotas logísticas e competitividade.
Vivemos uma nova dinâmica global. O protecionismo dos EUA está redefinindo o conceito de globalização. Países que antes dominavam determinados mercados agora enfrentam obstáculos e pressão, o que gera uma redistribuição real das oportunidades.
China, Vietnã, México, Alemanha e Coreia do Sul, potências em segmentos estratégicos, começam a sair do protagonismo em alguns mercados. Isso abre espaço para quem estiver pronto para ocupar essas lacunas com agilidade, estratégia e o produto certo.
Produtos brasileiros podem ganhar relevância em mercados antes considerados inacessíveis. É hora de pensar estrategicamente e fincar novas bandeiras.
Mas atenção: oportunidade sem estrutura vira risco. É preciso entender o cenário, adaptar produtos, revisar rotas logísticas, ajustar preços e analisar requisitos técnicos e fiscais. Quem se antecipa, sai na frente.
Com preparo e inteligência comercial, o Brasil pode crescer onde antes não conseguia entrar.
Nossas maiores chances estão em países como Panamá, Costa Rica e Guatemala, com destaque para cosméticos, roupas, calçados, bebidas e alimentos processados; Nigéria, Quênia e Gana, com demanda por alimentos, roupas e itens de cuidado pessoal; e Romênia, Bulgária e Sérvia, onde há espaço para móveis, calçados, máquinas leves e autopeças.
Estamos acompanhando esses movimentos com lupa, e com ação.
Nosso papel é preparar empresas para negociarem com segurança e alcançarem novos destinos com inteligência comercial, adaptação operacional e visão global.
Trabalhamos com uma leitura profunda do mercado para avaliar riscos e oportunidades reais, redefinir mercados-alvo com dados e estratégia, otimizar rotas, custos e processos, e apoiar decisões com base em cenários atualizados e personalizados.
Indústrias como Alimentos e Bebidas, Moda e Têxtil, Calçados, Cosméticos e Higiene Pessoal, Máquinas e Componentes são algumas das mais favorecidas por esse movimento iniciado pelos EUA.
O tarifaço pode ser o empurrão que faltava para o Brasil ampliar sua presença internacional — mas é preciso fazer isso com planejamento, não no improviso.
O mundo está mudando. E quem entende o movimento, se antecipa.
Fonte: Fast Company Brasil.
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